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ransmissão vertical do HIV controlada

Um estudo realizado na Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP) propôs caracterizar a evolução clínica e laboratorial de 64 recém-nascidos de mães portadoras do vírus HIV. Resultado: no grupo de pacientes que recebeu medicação específica durante a gestação, no parto e após o nascimento, não houve nenhum caso de transmissão vertical da doença.
“A negativação sorológica ocorreu em média aos 16 meses de vida dos bebês”, disse Edna Maria Diniz, orientadora da pesquisa, à Agência FAPESP. “Do total, apenas seis bebês foram infectados, pois as mães não fizeram o tratamento de forma continuada”, explica a também professora livre-docente do Departamento de Pediatria da FMUSP. A pesquisa, que tem ainda os autores Cristina Yoshimoto e Flávio Costa Vaz, foi realizada no Instituto da Criança do Hospital das Clínicas da FMUSP.
A análise foi dividida em dois grupos. O grupo A formado por 23 pares de mães e filhos que não receberam a profilaxia com zidovudina (AZT) em nenhum momento, e o grupo B constituído de 20 pacientes que receberam AZT em alguma fase, seja no pré-natal, parto ou após o nascimento. Além disso, foi criado um subgrupo B1 com 21 crianças que receberam a medicação em todos os momentos.
A média de idade das mães foi de 27 anos. Das crianças infectadas, três pertenciam ao grupo A e as outras três crianças ao grupo B. Os testes apontaram que nenhum bebê foi infectado no subgrupo B1, em que todos os pacientes receberam AZT corretamente em todas as fases do tratamento. Os bebês restantes estão em acompanhamento, pois a doença ainda não foi eliminada e nem confirmada.
“O tratamento com AZT nos períodos recomendados pelo Ministério da Saúde constitui uma das melhores estratégias para prevenção da aids na infância”, conclui Edna. 
“O ideal é oferecer o medicamento a partir da 16ª semana de gestação, durante o parto e no recém-nascido por até seis semanas após seu nascimento”, disse. Segundo a pesquisadora, a transmissão vertical do vírus HIV é responsável por cerca de 80% dos casos de Aids no Brasil e no mundo.

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